O Ferry em que viajamos. Foto na chegada, na partida, estava escuro.
Não foi como a gente queria. Nosso trajeto rumo ao Egito sofreu um desvio porque queria conhecer o Lago Victoria e chegar a Uganda por ele. Não deu. Tomamos então o ferry até a cidade de Bukoba (tem que olhar no nosso roteiro), perto da fronteira Tanzânia – Uganda, para fazer o resto do trajeto de ônibus. O inconveniente é que a viagem foi noturna, mas por outro lado vivenciamos um dos transportes mais usados pelos africanos nessa região: os barcos.
Nosso barco sairia às 21h, mas bem antes já estávamos prontos para embarcar. E a fila era grande. Quem tá na terceira classe (a grande maioria), ou chega cedo ou viaja de pé. E são nove horas de viagem. Eles ficam com um terço do navio, apertadinhos. Nós, os 'com cabine', ficamos com o resto. Com direito a bar (eles também tem um, pequenininho) aconchegante e restaurante. A cabine também não é ruim: um beliche, espaço para colocar a bagagem mesinha e até uma pia (com água!).
Cabininha até boa
Lá fora os banheiros eram razoáveis em relação aos que estamos encontrando por aqui. Curtimos um pouco a brisa noturna tomando uma(s) Kilimanjaro(s) no convés, antes de experimentar a cabine.
Uma pausa para a Kilimanjaro, uma das cervejas da Tanzânia. Ficamos la´por14 dias e essa cerveja, um pouco amarga (lembra a Heineken), nos fez ótima companhia. Muito superior às nossas cervejas comerciais. E com uma vantagem: custa cerca de dois reais a garrafa de meio litro. No bar. Uma pechinha. Vou procurar uma foto dela e depois coloco.
Seis da manhã, chegamos ao porto e, de lá, ônibus até Kampala. Voltamos àquele velho 'busum' de cinco por fileira. Todo mundo apertadinho. Eu que sentei no terceiro assento, junto ao corredor, ao lado de dois marmanjos, ficava com uma banda da bunda na cadeira e a outra pra fora. Fora isso, foram cinquenta minutos na fila para carimbar o passaporte na saída da Tanzânia e mais cinquenta dólares de visto, sem fila, para entrar em Uganda.
Já em Uganda, de repente, BLITZ! Baculejo no ônibus (baculejo no jargão fiscalista é revista) e as mercadorias em descaminho (para quem não é do ramo, descaminho é quase a mesma coisa de contrabando, quase) são postas para fora do ônibus e ficam com os fiscais. Eta racinha ruim! Os donos das mesmas seguem no ônibus, tristes; não sei se depois recuperam-nas.
Baculejo no ônibus
Depois entendi porque o ônibus trazia tantos alimentos. É que o custo deles na Tanzânia é bem menor que em Uganda. A cerveja, por exemplo, produto essencial, aqui custa o dobro. Bom, depois dessas emoções chegamos em Kampala, cidade vibrante. Amanhã eu falo dela.
Nascer do sol no Lago Victoria - Bukoba - Tanzânia
olá gerson parabéns pra vc curta bem esse dia assim como os demais dessa curiosa viagem. o pessoal da sala ao lado;aldenir, paulo e edivan estão mandando aquele abraço pelo niver e o joão pedro tb.
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